segunda-feira, 31 de agosto de 2015

terça-feira, 25 de agosto de 2015



teu olhar, alçado ao céu,
arranha a pequena nuvem
e amassa a fumaça dos carros.
descobre a saudade de morrer formiga
e a primavera de permanecer folha.

terça-feira, 18 de agosto de 2015



deportado ao fôlego
                               do verbo
            vejo a carne
                              do fruto
sinto o sangue rústico
                              do poema.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015



num canto, espremidos,
o presságio
e o oco da madeira
deixados de lado

como indício de sacrifícios.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015


Já não sou garras
E, sim, limo
A debruçar-se
Em olhares que miram
As mordidas do instante
E a crueldade dos dias.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015



O sinal do desejo
É o alicerce do que não tive,
No entanto,
Possuí em pensamentos.
É como viver
De ressalvas
Que se Abrem no seio
Antes da construção
De qualquer sentimento.
O medo de não desejar,
Ainda que não cause nenhuma dor física,
É a mais intransigente das mortes
.