Desfacelamento
Roubadas
flores,
Inodoros amores.
Derradeiras
pétalas concebidas
No
efêmero da ilusão.
Gélidas
quimeras;
Algozes
guias
Do
desabrochar até as trevas.
Marmóreas
lágrimas
De
um subterrâneo coração
Que
não chora,
E
por vermes petrificado
No
abismo da prisioneira
E
ensanguentada memória.
Conheci o texto através do livreto - de conteúdo deveras interessante - distribuído na Cinelândia, enquanto transitava com um Lovecraft. Gostei especialmente de "Desfacelamento", inclusive lembrando muito as características obras de Augusto dos Anjos.
ResponderExcluirPois é, Marlos. Eu gosto muito do Augusto dos Anjos e quando estava escrevendo esse poema eu me encontrava lendo e relendo Augusto dos Anjos.
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