sábado, 28 de maio de 2016




palavras sem rosto, resíduos de boca
almas dançantes sob a trépida luz 
da lâmpada. o ventilador faz barulho
o chuveiro respinga o sangue que verte
a vida. sagrado em mulher
vi na tua face, sorriso de menina
flertando com a morte. com o amor. amorte.


(taíssa buffone & sidney machado)

2 comentários:

  1. Olá Sidney. Hoje encontrei você e sua poesia. Foi bom te conhecer. Então, aí está:

    Poeta na praça

    Tinha um poeta
    na rua barulhenta
    da cidade

    Silenciosamente
    distribuía poesia
    entre os passantes
    atarefados

    Eu o visitei
    e conversamos de poesia
    tive vontade
    de juntar-me a ele
    e distribuir poesia
    mas parei
    tímido

    Escreve ele:
    passa na praça
    e para nos olhos
    não entra

    É assim
    poesia na praça
    são pedras atiradas
    para o infinito
    às vezez
    quebram óculos
    e vidraças

    Passo na praça
    e paro nos olhos
    do poeta
    não entro

    Tem razão
    o poeta da praça

    ResponderExcluir