fronteira sem cercas
(para
lucielle veras)
algo
a se abraçar:
a centelha
de segredo necessário
para
se calcar o vazio,
“onde
as palavras não vivem”
e o
desejo é espasmo
ante
a fronteira sem cercas
no olhar
de um menino
que não
descobriu o horizonte
por não
romper com a verticalidade
do voo
com asas fincadas
nas pedras.
voltemos
ao silêncio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário