terça-feira, 14 de junho de 2016



fronteira sem cercas
(para lucielle veras)

algo a se abraçar:
a centelha de segredo necessário
para se calcar o vazio,
“onde as palavras não vivem”
e o desejo é espasmo
ante a fronteira sem cercas
no olhar de um menino
que não descobriu o horizonte
por não romper com a verticalidade
do voo com asas fincadas
nas pedras.
voltemos ao silêncio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário