terça-feira, 10 de janeiro de 2017





motivos e sentenças

deformo penhascos pela manhã
e naufrago vontades nos teus joelhos
farejo a noite de artífice
e desenterro seus intervalos
nossos olhos suspeitos
esculpindo os próximos epílogos

as paredes vigiam os passos
e o chão transcende os calcanhares

estamos dentro e recriando olhos
de fora e entardecendo dedos
num bailado de signos
em pele de passos
e braços de alamedas

o verão nunca foi tão selva
e a selva jamais empalideceu
motivos e sentenças em alma alheia
essa alma nossa, antítese minha
essa forma sua, o limite.

2 comentários:

  1. Eu não sei como explicar como cheguei no seu blog, mas gostei bastante do seu trabalho. O seu poema Motivos e Sentenças eu gostaria muito de ter escrito. è um poeta muito bom.

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  2. Legal. Me envia coisas suas também. Vamos trocar ideia, já que aconteceu da gente se esbarrar por aqui.

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