O desespero do vento ao relento gritando pedras e cuspindo flores; exalando rochas e salivando conchas... Incauta maré que sangra no olhar salino. Outono escama nostalgia. Eis os moinhos girando em movimentos impróprios. Joelhos cálidos, imersos na espuma terna da maré que reflete o orgasmo, tornando-o ausente, contraproducente num percalço infindo que degusta e regurgita o vazio contínuo, a fé morta em pomares de absinto. Descalabro escafandrista do "indizer" internalizado no olfato, insipidamente calejado, e incrustado na superfície do amanhecer incógnito, indelevelmente anárquico. Nuvens de asfalto mal podado, cinzas subvertidas no abismo do escárnio; ócio deformado em aflição; conversão do dia em noite em ácidas e alomórficas alusões.
(Sidney Machado e Fernando Rodrigues)
Obs.: Texto em sua primeira versão, sem revisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário