sexta-feira, 28 de outubro de 2016



raiz de mordidas

com formato de céu
e mandíbula de lua
que serpenteia na boca
raiz de mordidas e umidade
que se emancipa na língua
reinventa a boca
a ressignificando nos dentes
em cada textura de silêncio
em cada sopro de mordida
sonho de realidade sussurrada
por ser pouso
em sua superfície telúrica
sonho só é sonho
na carnalidade da unha
e de teu silêncio tão verso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário