a todos
que vivem de poesia
utopia libertadora é essa
de viver de poesia,
acreditar na sarjeta,
fornecer inutilidade pras pessoas.
“vender gato por lebre”,
como diria leminski.
e ainda cultuar o silêncio
sobre todas as coisas.
é... alguém tinha que ficar com a parte
carnal e espiritual da ausência.
a poesia nunca prometeu
a autossuficiência, só a suspensão.
e também nos pede a única coisa
que não podemos negar:
o espírito. jamais o corpo.
esse já tem dono; ou melhor, dona: a vertigem.
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