domingo, 20 de julho de 2014





Medonhas e excluídas formas de vidas mutiladas que, no decorrer do período diurno, se mantinham ocultas e a noite colocou-as à solta. Criaturas ofuscadas na penumbra de abandonados sobrados entre fétidos destroços de urbanas cidades fantasmas, ainda que precariamente habitadas e por guerras e epidemias desoladas. Veem nas sombras um relampejo de improvável chance de atravessar a espessa muralha do tempo e encontrar as águas turbilhonantes de outrora -- uma forma de encantatórios anseios em círculos e redemoinhos perpétuos de inquietantes promessas advindas de esperas sem nenhuma base concreta. A ilusão agarra as almas que somente esperam.

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